Não bastasse a quantidade de troféus e medalhas que trazem para o Brasil, os paratletas dão exemplo para os demais ao serem pioneiros na responsabilidade ambiental. O Comitê Paralímpico Brasileiro dá um salto rumo ao Carbono Zero, buscando neutralizar suas emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE), responsáveis por mudanças climáticas, como o aquecimento global.
"Esta será uma das maiores evidências do desempenho ambiental do Comitê, associado à missão de posicionar o CPB como uma das maiores proeminentes organizações esportivas, desenvolvendo iniciativas pautadas na diversidade e responsabilidade social e ambiental", comenta Mizael Conrado, presidente do CPB e bicampeão paralímpico de futebol de cegos, eleito o melhor do mundo na modalidade.
Entre as propostas: a substituição do uso dos combustíveis fósseis nas operações realizadas pelo comitê por energias limpas e renováveis. Além da troca da gasolina e do diesel por biodiesel e etanol, a substituição do gás nas cozinhas e refeitórios por fogões elétricos.
Ainda entre as recomendações: microgeração de eletricidade, implementação de um projeto de coleta seletiva, ampliação de unidades de compostagem, além da criação de hortas para utilização do composto orgânico na agricultura urbana.
"O mais importante é que, conhecendo a sua pegada de carbono, o Comitê Brasileiro Paralímpico pode considerar estratégias para reduzir suas emissões", destaca Juliana Lopes, da Future Carbon empresa especializada que fez o levantamento.
O CPB é o responsável pelas missões brasileiras em Jogos Parapan-Americanos e Paralímpicos. Além disso, atua como Confederação em quatro modalidades paralímpicas: atletismo, halterofilismo, natação e tiro esportivo.