O clima de Copa invade as empresas nesta época
Divulgação/Deloc Cozinhas
O clima de Copa invade as empresas nesta época

A paixão que move os brasileiros pelo futebol, multiplicada durante a  Copa do Mundo, impacta diretamente não apenas a rotina pessoal e profissional dos brasileiros, mas das empresas em geral. Enquanto para alguns segmentos é hora de faturar, para outros, há uma profunda queda de consumo e de produção, já que geralmente esse evento provoca mudanças de consumo e no uso de serviços pela população, principalmente durante a hora das partidas da Seleção Brasileira, quando o país literalmente para.

Muitas organizações dispensam os empregados durante dia ou próximo a hora do jogo. E mesmo as que mantém o serviço, a tendência é de queda produtiva com a atenção do funcionário voltada para a disputa.

Copa atípica
O mundial realizado no  Catar  traz um quadro diferenciado. Os jogos sempre foram realizados em junho. Nunca aconteceram entre novembro e dezembro, meses de aquecimento de produção por conta do  Natal  e do fortalecimento da  Black Friday  no final do mês.
Fora isso, por conta do fuso horário - com seis horas de diferença - o time verde e amarelo entra em campo,  em horário comercial durante a tarde, nesta primeira fase.

“Alguns jogos da Seleção Brasileira ocorrerão no período da tarde. Desse modo, a empresa pode colocar em prática possibilidades mais flexíveis, quais sejam: promover a dispensa total (folga nos dias dos jogos) ou parcial do trabalho (diminuição da jornada de trabalho), além da possibilidade de permitir a prestação dos serviços no regime de teletrabalho ou trabalho remoto ou podem criar um espaço para que se possa assistir aos jogos na empresa” informa  Priscilla Santos, advogada do escritório Aparecido Inácio e Pereira Associados.

Quem para
Na administração pública federal foi expedida uma portaria decretando ponto facultativo. A decisão foi acompanhada pelas gestões estaduais. As municipais, também tendem a seguir o exemplo. 
Na privada, geralmente só os serviços emergenciais são mantidos em regime de plantão. Isso porque a demanda por parte do público também é muito reduzida na hora do jogo, permanecendo assim até o final do dia. 

Já o comércio, fica a critério do proprietário. A maioria opta pela liberação durante os jogos, mas alguns exigem o retorno após o fim da prova. A Federação Brasileira de Bancos encerra o expediente antes das partidas. Essa prática deve ser seguida por somente 28% dos empregadores consultados de outros segmentos:  vão liberar até uma hora antes das partidas do Brasil, de acordo com pesquisa realizada pela Catho Consultoria.

Liberação ou flexibilização não é uma obrigação, mas sim uma liberalidade.
“A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) nada dispõe sobre este tema, de modo que inexiste qualquer obrigação legal de as empresas concederem folga ou dispensarem os seus colaboradores mais cedo nos dias dos jogos. Por isso, o horário de trabalho durante a Copa do Mundo de 2022 permanece o mesmo que foi estabelecido em contrato individual de trabalho”, explica a advogada Priscilla Santos.

Segundo a pesquisa, 47% dos respondentes manterão 100% dos serviços ao consumidor durante as partidas, mesmo que em regime de plantão ou redução de mão-de-obra. 64% transmitirão os jogos no escritório para os que não podem abandonar seus postos de trabalho ou encontrem dificuldade de retorno. 

Bolões Corporativos
Entre as iniciativas focadas na Copa do Mundo, o tradicional bolão está entre os mais populares. Depois da transmissão dos jogos, a brincadeira aparece presente em 22% das empresas que realizarão ações sobre o Mundial junto aos colaboradores.

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