Na próxima semana, os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG), respectivamente, não devem pautar projetos importantes no Congresso Nacional.
A razão é a ausência de parlamentares do Nordeste, que estarão em suas bases para comemorar as tradicionais festas de São João, e também de deputados e senadores que viajarão para Lisboa, onde participarão de um fórum jurídico promovido pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Com o Congresso esvaziado, Lira e Pacheco decidiram adiar a discussão de pautas consideradas importantes. Um exemplo é a PEC das Drogas, que tem sido objeto de apelo por parte da base bolsonarista para ser discutida e votada antes do resultado final do julgamento do STF.
No entanto, segundo o Portal UOL, Arthur Lira indicou que o projeto deve ser apreciado apenas a partir de julho, se considerado pertinente. Ele defende que o tema deve ser debatido apenas após o recesso de meio de ano, ou seja, a partir de agosto.
Lira e Pacheco também acreditam que a redução das atividades no Congresso permitirá que o Palácio do Planalto tenha alguns dias de paz com o Legislativo. Com os congressistas focados em outros eventos, temas relacionados a Brasília deverão ser deixados de lado temporariamente.
Governo Federal
Enquanto isso, o governo federal não deverá entrar no "clima de festa". Os ministérios da Fazenda e do Planejamento estão trabalhando para apresentar um plano de corte de gastos, conforme prometido pelos ministros Fernando Haddad (PT-SP) e Simone Tebet (MDB-MS).
O objetivo é resgatar a confiança do mercado financeiro e tentar conter a alta do dólar. Haddad prometeu cortar "benefícios fiscais" e "privilégios" para equilibrar as contas públicas.
Além disso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem participado de uma série de eventos para defender a área econômica do seu governo, atuando como um escudo para Haddad e Tebet.
No entanto, as declarações de Lula têm causado desconforto no mercado financeiro, especialmente devido às suas críticas ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.
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