
A bancada evangélica iniciará uma ofensiva contra o projeto de lei que legaliza jogos de azar, como bingos, cassinos e jogo do bicho, levantando mais uma polêmica no Congresso Nacional.
O texto foi aprovado na última quarta-feira (19) pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado com o apoio do Centrão. No entanto, líderes evangélicos já se preparam para convencer parlamentares a não aprovarem o PL no plenário.
A bancada evangélica no Brasil se opõe veementemente ao projeto por diversas razões que englobam princípios morais, sociais e econômicos. Do ponto de vista moral e religioso, muitos membros dessa bancada acreditam que os jogos de azar são inerentemente errados.
A prática de apostar dinheiro é vista como uma forma de ganância e exploração, algo que contraria os ensinamentos cristãos sobre honestidade, trabalho árduo e a administração prudente dos recursos.
Diversos trechos da Bíblia condenam a ganância e o amor ao dinheiro, e esses são frequentemente citados pelos parlamentares evangélicos para justificar sua posição.
Além disso, a bancada evangélica argumenta que a legalização dos jogos de azar pode resultar em um aumento de problemas sociais. Entre esses problemas estão a dependência do jogo (ludomania), falências pessoais, destruição de famílias e até crimes relacionados ao vício em jogos.
Eles acreditam que esses problemas sociais têm um custo muito alto para a sociedade e que o governo deve proteger os cidadãos, especialmente os mais vulneráveis, dessas armadilhas.
No que diz respeito aos efeitos econômicos, a bancada evangélica costuma ver os benefícios econômicos alegados – como aumento da arrecadação de impostos e criação de empregos – como insuficientes para compensar os danos sociais e morais que os jogos de azar podem causar.
Eles argumentam que o dinheiro arrecadado pode não ser suficiente para cobrir os custos sociais decorrentes do aumento da dependência do jogo e outros problemas associados.
Influência da bancada evangélica
O lobby da bancada tem grande influência no Congresso Nacional. Não por acaso, a bancada do PL votou totalmente contra o texto na Comissão de Constituição e Justiça.
Caso o projeto seja levado ao plenário, a tendência é que o partido siga unânime contra o texto. Já o Centrão e a base governista do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) provavelmente defenderão o projeto.
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