Aliados próximos do senador Sergio Moro, famoso por sua atuação na Operação Lava Jato, expressam uma crença unânime: as chances de sua cassação são significativas.
O consenso entre esses aliados se fundamenta na percepção de que Moro acumulou uma série de oponentes dentro do sistema judiciário durante sua trajetória, o que agora poderia refletir-se em uma desvantagem política.
A falta de apoio da classe política, especialmente do PL e dos bolsonaristas, é apontada como um fator decisivo. Sem esse suporte, argumentam, torna-se inviável exercer pressão política suficiente para manter o senador em seu cargo.
O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná está prestes a deliberar sobre um processo que acusa Moro de praticar abuso de poder econômico durante a pré-campanha eleitoral de 2022, quando cogitou concorrer à presidência da República. O julgamento estava agendado para iniciar em 8 de fevereiro, alimentando expectativas e apreensões nos círculos políticos, mas foi adiado. Não há uma nova data.
Sergio Moro, por sua vez, defende-se argumentando que os gastos de sua campanha foram legais e devidamente declarados à Justiça Eleitoral.
Ele enfatiza que não tinha necessidade de recorrer a irregularidades financeiras, dado seu amplo reconhecimento público.
No entanto, seus aliados reconhecem que os argumentos apresentados em sua defesa podem não ser suficientes diante das circunstâncias.
Caso Moro seja cassado,
ocorrerá novas eleições para escolher um senador para o Paraná.