O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está reavaliando a indicação do governador do Maranhão, Flávio Dino (PSB-MA), ao Supremo Tribunal Federal. A preocupação de Lula surge após a reprovação, pelo Senado, do nome de Igor Roque para comandar a Defensoria Pública da União.
O entendimento do presidente é que o Senado se encontra em um momento de "mau humor" em relação ao governo, e, por isso, é preciso cautela nas indicações.
Flávio Dino era dado como certo para ocupar uma cadeira no STF,
mas a recente situação levou Lula a repensar a nomeação.
O presidente deseja evitar um novo desgaste no Senado, já que a reprovação de uma indicação ao Supremo teria um impacto político significativamente maior do que a de um cargo na Defensoria Pública.
Outro fator que pesa na decisão de Lula é o cenário de violência pública que tem se manifestado de maneira intensa no Rio de Janeiro e na Bahia.
O presidente teme que a nomeação de Dino possa afetar sua narrativa política. O governador do Maranhão é elogiado por seu traquejo político e habilidade no debate público em questões relacionadas à segurança.
No entanto, o entorno de Lula manifesta preocupação em nomear Dino ao STF e não contar com um nome de igual capacidade em seu lugar.
Nesse contexto, o ex-deputado federal Marcelo Freixo (PT-RJ) é visto como um substituto ideal para o Ministério da Justiça e Segurança Pública.
A relação entre Freixo e Lula é amistosa, mas o ex-deputado atualmente é presidente da Embratur e não vê com muito entusiasmo uma troca de cargo, a não ser que seja fundamental para Lula.
O caso de Dino é semelhante. Embora esteja reticente em deixar o Ministério da Justiça, poderia considerar a mudança por conta de sua relação próxima com o presidente.
Apesar da reavaliação, Flávio Dino segue como favorito para ser indicado ao Supremo. A questão permanece em aberto e sujeita a desenvolvimentos futuros.