O atual ministro Márcio França perdeu o comando do Ministério de Portos e Aeroportos e assumirá a pasta de Micro e Pequenas Empresas. A mudança na atribuição de ministérios causou insatisfação no ex-governador de São Paulo.
A responsabilidade de liderar o Ministério de Portos e Aeroportos tinha uma importância estratégica para França devido à relevância do Porto de Santos e à sua popularidade na Baixada Santista. O ministro tinha como objetivo manter sua base eleitoral por meio de projetos realizados na região, e o ministério lhe proporcionava essa oportunidade.
França também vinha travando uma disputa com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, em relação à privatização do Porto de Santos.
Ao entregar o Ministério de Portos e Aeroportos ao partido Republicanos, o entendimento do PSB e de Márcio é que Freitas saiu vitorioso nessa disputa.
Márcio França sempre expressou sua intenção de concorrer novamente ao cargo de governador de São Paulo. Com a perspectiva de que Fernando Haddad seja o sucessor natural do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a avaliação é que o ministro da Fazenda não deverá disputar novamente o governo paulista.
Internamente, lideranças do PSB manifestaram o desejo de contar com o apoio de Lula nas eleições de 2026 em São Paulo, tendo Márcio França como o candidato favorito para representar a esquerda no estado.
Com a mudança ministerial, o PSB agora busca estratégias para posicionar o partido e França de maneira competitiva nas eleições de 2026 no estado paulista.