A insatisfação entre os apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ) tem se intensificado em relação à postura das Forças Armadas. O cerne dessa irritação reside na percepção de que os militares não atuaram para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva em 1° de janeiro.
Outro ponto que tem provocado descontentamento é a aparente ausência de ação dos militares diante das decisões do Supremo Tribunal Federal. Para muitos bolsonaristas, a expectativa era que as Forças Armadas tomassem uma posição mais incisiva diante dos desdobramentos envolvendo o STF.
Além disso, a postura dos militares em relação ao caso das joias recebidas por Bolsonaro também tem sido alvo de críticas por parte dos apoiadores. A sensação difundida entre eles é a de que as Forças Armadas estariam mais preocupadas em salvaguardar sua própria imagem, em detrimento do apoio ao ex-presidente, conforme apurou à coluna Panorama, do Portal iG – Último Segundo.
Uma reportagem da Folha de S.Paulo revelou que setores bolsonaristas planejam não participar das celebrações do feriado de 7 de setembro. Alguns até cogitam adotar vestimentas pretas como forma de protesto. No entanto, os bolsonaristas que adotam uma abordagem mais moderada tentam amenizar as tensões, argumentando que apenas uma minoria dos militares não estaria alinhada com o ex-presidente.
Os defensores mais moderados do ex-presidente argumentam que a maioria dos militares continua apoiando Bolsonaro e suas pautas e acusam a esquerda de querer propagar terrorismo virtual para abalar às Forças Armadas.