Arthur Lima, secretário da Casa Civil de São Paulo
Reprodução/redes sociais
Arthur Lima, secretário da Casa Civil de São Paulo

A decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em  decretar a inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ainda é assunto nos corredores do Palácio dos Bandeirantes. As previsões estão focadas em 2026, e Tarcísio de Freitas (Republicanos) desponta como o principal cotado para ser o substituto do bolsonarismo na disputa pelo Palácio do Planalto.

Embora negue a vontade de assumir o Planalto neste momento, o governador ouviu sugestões de aliados para começar a sua trajetória em busca da presidência da República. Para substituí-lo no Palácio dos Bandeirantes, um nome surge como favorito: Arthur Lima.

O secretário da Casa Civil é braço-direito de Tarcísio e um dos homens-fortes do governo. É ele o responsável pela articulação entre o Bandeirantes e a Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp).

Nas últimas semanas, Lima se aproximou do Progressistas, partido que Tarcísio cogitou migrar, mas desistiu.

[CORREÇÃO: Ao contrário do mencionado anteriormente, Arthur Lima ainda não confirmou sua filiação ao Progressistas] 

Aliados do governador relataram à coluna que ele ficou ‘deslumbrado’ com a possibilidade de ser candidato ao Planalto, mas está com o ‘pé no chão’.

“Naturalmente ele será o nome em 2026. Ele é o nome natural caso o Bolsonaro não esteja capacitado. É mais uma "missão". Não pode abandonar a direita nesse momento”, disse uma pessoa próxima ao governador.

Uma fonte disse que acha inviável a candidatura de Arthur Lima para 2026. Segundo o aliado, Lima não tem o carisma de Tarcísio e não terá um nome como o do ex-presidente Jair Bolsonaro por trás.

Outro fator que conta em desfavor do secretário é a articulação política. Deputados da base aliada reclamaram da falta de comunicação e “de tinta na caneta” do Palácio dos Bandeirantes e culpam Arthur Lima pelo travamento de emendas parlamentes e dificuldades nas negociações políticas.

Kassab pode segurar Tarcísio

Enquanto a ala ideológica pressiona Tarcísio a começar sua peregrinação para construção de sua imagem como candidato à presidente, há quem queira manter o governador no Palácio dos Bandeirantes. Entre eles está Gilberto Kassab, secretário de Governo e o nome de peso no governo estadual.

Em reuniões com correlegionário, Kassab disse que uma tentativa de Tarcísio de Freitas em se lançar ao Palácio do Planalto poderá arruinar a imagem dele como político e perder todo o capital construído com a vitória nas eleições de 2022. O secretário cita o caso de José Serra, que deixou o Palácio dos Bandeirantes duas vezes para buscar a presidência e perdeu ambas para Lula, em 2002, e Dilma Rousseff, em 2010. 

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