O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ) não quer manifestação dos seus aliados a favor da manifestação a favor de Deltan Dallagnol. Ele não enxerga o ex-procurador da Lava Jato como uma figura fiel ao bolsonarismo e também tem preocupação em dar palanque ao lavajatismo e MBL.
Inicialmente, importantes nomes do bolsonarismos se articularam para ajudar Deltan a permanecer no cargo de deputado. Ao perceber o não sucesso do plano, passaram a cogitar fazer parte da manifestação em favor do parlamentar cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral.
Porém, Bolsonaro ordenou que ninguém que seja fiel a ele participe do evento. O ex-presidente não quer desagradar ministros do TSE e do Supremo Tribunal Federal. Ele enfrenta uma série de processos e pode ficar inelegível ou até mesmo ser preso.
Outro ponto argumentado pelo capitão da reserva é que não se deve dar palanque para quem não é “100% bolsonarista”. Na opinião dele, Deltan deu várias provas de que é “independente” e não fiel a ele e aos seus ideais.
Também pesou contra o fato do Movimento Brasil Livre estar totalmente ao lado de Dallagnol e sendo um dos organizadores das manifestações que acontecerão em 4 de julho em várias capitais do Brasil.
Conforme já revelou a coluna, Bolsonaro não quer dar protagonismo para possíveis concorrentes de direita.
Sendo assim, com a ordem do ex-presidente, bolsonaristas mais radicais começaram a atacar a manifestação e os chamados moderados submergiram ao plano de estar com o ex-procurador da Lava Jato.
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