O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegará aos Estados Unidos nesta quinta-feira (9) e irá se reunir com Joe Biden na sexta (10). O chefe do Executivo brasileiro debaterá diversos assuntos com o presidente norte-americano. O petista tem como objetivo colocar a questão ambiental como a principal pauta da reunião.
Durante o governo Trump, os democratas criticaram a saída dos Estados Unidos do Acordo de Paris sobre o Clima. Também desaprovaram as constantes falas irônicas em relação ao aquecimento global por parte do ex-presidente norte-americano. Não por acaso a pauta ambiental ganhou importância na eleição presidencial de 2020 na terra do Tio Sam.
Após vencer, Biden prometeu cuidar da área ambiental e discutir com líderes mundiais maneiras de diminuir a poluição em todo planeta. Só que o Brasil, governado por Jair Bolsonaro (PL), não demonstrava interesse no assunto, tanto que Lula prometeu que o Ministério do Meio Ambiente seria seu carro-chefe em um terceiro mandato.
No primeiro mês de gestão, o petista fechou acordos com países internacionais para receber recursos para o Fundo Amazônia. A União Europeia e a França estudam doar verbas para o fundo. O presidente brasileiro quer que os Estados Unidos façam parte do grupo de doadores.
O governante do Brasil quer ressaltar a importância da Amazônia para o desenvolvimento do mundo nos setores ambientais e climáticos, além de apresentar um plano em que investidores possam empreender na floresta de forma sustentável.
Na avaliação do PT, se Biden integrar o grupo de doadores do Fundo Amazônia e elogiar o projeto brasileiro para o setor, a tendência que empresários e investidores vejam com bons olhos a ideia de apostar na floresta.
Lula também defenderá a democracia
Outro assunto que ganhará muito espaço na conversa entre Lula e Biden é a defesa da democracia. O presidente brasileiro tentará encontrar soluções para que Estados Unidos e Brasil trabalhem em conjunto para evitar que os planos antidemocráticos da extrema-direita avancem em todo o continente americano.
Temas como direitos humanos, mercado financeiro e embargos dos norte-americanos a Cuba e Venezuela também estarão em pauta no encontro.
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