Senado se reúne na quarta e na quinta para eleger presidente e demais membros da Mesa
Marcos Oliveira/Agência Senado
Senado se reúne na quarta e na quinta para eleger presidente e demais membros da Mesa

Nesta quarta-feira (1°), os senadores escolherão o novo presidente da Casa. Rodrigo Pacheco (PSD-MG), Rogério Marinho (PL-RN) e Eduardo Girão (Podemos-CE) disputam o cargo. A briga pela função promete ser acirrada e movimentou os bastidores em Brasília nos últimos dias.

O cargo deve ficar com Pacheco ou Marinho. O senador mineiro é o atual presidente do Senado e favorito para ser reeleito. Nas contas dos seus aliados, ele deve conquistar 51 votos. Porém, a equipe de Lula (PT) se preocupou com possíveis traições e iniciaram conversas com os parlamentares para garantir a vitória da situação.

Com Pacheco na presidência do Senado, o poder executivo terá maior facilidade para negociar e aprovar as pautas. Atualmente, ele conta com o apoio de PT, União Brasil, PSD, PDT, PSB e MDB.

Marinho iniciou com poucas chances, mas costurou um acordo com o PP e Republicanos. O PL trata com total certeza 23 votos para o senador bolsonarista. Só que, nos últimos dias, Valdemar Costa Neto avisou para aliados que seu correligionário possui 35 votos.

Se houver consenso em relação a quais senadores ocuparão determinados cargos, uma chapa única é formada e aprovada. Se houver disputa para um cargo específico, candidaturas avulsas são colocadas e, assim como a eleição do presidente, ganha o mais votado.

O grupo de Bolsonaro tem trabalho intensamente para que Marinho seja vitorioso.  Com a oposição no comando do Senado, muitas pautas de interesse do governo Lula poderão ser travadas ao longo do biênio.

Eduardo Girão corre por fora. Ele tem o apoio apenas do Podemos e PSDB, somando sete votos. No entanto, há risco dos tucanos já embaçarem para a candidatura de Marinho no primeiro turno da votação.

Negociações para os cargos

Os três cargos de maior interesse dos partidos são do 1° vice-presidente, do 1° secretário e de presidentes da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), da CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) e da CRE (Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional).

Cabo eleitoral de Pacheco, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) prometeu a 1ª vice presidência para Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB) e 1ª secretaria para Rogério Carvalho (PT-SE). Só que os petistas querem que a função de 1° secretário ficasse com Humberto Costa (PE).

A senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) articulou para ser a 1ª vice, mas sua ida para o PSD a fez desistir do seu plano.

Quem ocupa a 1ª vice-presidência permite que o senador conduza as sessões deliberativas quando o presidente não comparece ao plenário. Também é o representante do Senado quando o chefe da Casa não pode exercer a função.

A 1ª secretaria é conhecida como “prefeitura” do Senado. O responsável pelo setor define o orçamento e contratos da Casa, além de aprovar as nomeações para cargos comissionados.

Outras funções:

  • 2º secretário: responsável pelas atas das sessões secretas;
  • 3º e 4º secretários: auxiliam o presidente na apuração de eleições e na contagem de votos.

Comissões

As comissões também são tratadas como fundamentais para que projetos do governo caminhem. A CCJ é a mais cobiçada e tem causado muito atrito nas negociações.

Alcolumbre quer ser reeleito e manter forte influência política na Casa para concorrer ao cargo de presidente do Senado em 2025. Caso seu plano dê certo, ele tentará se reeleger em 2027.

Só que a influência do senador tem incomodado muitos outros parlamentares. Além de ter a CCJ nas mãos, ele indicou dois ministros: Waldez Góes (Integração Nacional) e Juscelino Filho (Comunicações).

A CAE deve permanecer com o PSD. Já o CRE é o posto mais disputado. Pacheco prometeu entregar a comissão para o grupo de Renan Calheiros (MDB-AL). Só que Daniella Ribeiro (PSD) e o PT negociam para controlarem o posto.

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