Aliados
mais moderados do ex-presidente Jair Bolsonaro
(PL-RJ) ficaram horrorizados com o terrorismo praticado em Brasília, no último domingo (8). O grupo trata o episódio como o fim antigo chefe do Executivo federal e busca soluções para manter seus fiéis escudeiros distantes das importantes decisões da classe política que esteve com o governo federal entre 2019 e 2022.
Muitos parlamentares do PL, PP e Republicanos garantem que não sabiam das articulações promovidas por bolsonaristas radicais para invadir o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal e o Palácio do Planalto. Porém, acreditam que há participação de diversos líderes políticos nos atos terroristas que ocorreram em Brasília.
“A Justiça vai investigar e será comprovado que colegas estão envolvidos nisso com financiamento e divulgação nas redes sociais. Enquanto a discussão era política, tínhamos como entrar na briga e defendê-los. Só que agora passou de todos os limites. Se a gente não colocar um freio, eles podem incentivar um ataque quando todos estiverem no Congresso e terminar em uma grande tragédia”, opinou um deputado que fez parte da base de Bolsonaro.
A ala moderada que apoiou o ex-presidente não quer mais aproximação com o bolsonarismo. O grupo já monta estratégias para tirar o poder de influência de pessoas ligadas ao antigo chefe do Executivo federal. “Temos que defender a democracia e o nosso legado. Não podemos ficar com a imagem de defender golpistas”, acrescentou.
Aliados acreditam que Bolsonaro chegou ao fim
O grupo tem convicção que Bolsonaro chegou ao fim. A avaliação é que, mesmo que o ex-presidente não seja preso, dificilmente a Justiça o deixará ser candidato. “Vai ficar inelegível. Temos certeza disso. O Supremo só precisava do episódio de ontem para legitimar essa decisão”, comentou um senador.
Conforme o Portal iG noticiou, boa parte dos políticos de direita já procurava outro nome para liderar a oposição no Congresso. A ideia é que o assunto ganhe força apenas depois que o caos em Brasília perder protagonismo.
“É hora de discutir a manutenção da democracia. Oposição e situação serão debatidas mais para frente. Provavelmente depois que a nova legislatura tomar posse”, concluiu o parlamentar.
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