Versão ‘Team Leader’ de Eduardo Bolsonaro não pega por culpa do pai

Deputado federal reeleito tentou emplacar narrativa de resistência, mas não obteve sucesso

Eduardo Bolsonaro ao lado do pai Jair Bolsonaro
Foto: Reprodução/Twitter
Eduardo Bolsonaro ao lado do pai Jair Bolsonaro

O deputado federal reeleito Eduardo Bolsonaro (PL-SP) tentou animar a militância na noite do último domingo (1°), mas os apoiadores não embarcaram na narrativa do parlamentar. Bolsonaristas e muitos aliados estão frustrados e decepcionados com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ).

Após a cerimônia de posse do presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Eduardo publicou nas redes sociais uma imagem com a frase “Fora Lula”. Ele declarou que o petista encontrará um cenário muito diferente em relação a 2003 e prometeu forte oposição ao novo governo.

A intenção do deputado era  colocar fogo na militância virtual e criar uma espécie de resistência nas redes sociais. Porém, o efeito foi ao contrário. A maioria dos comentários foi feito por apoiadores do atual mandatário do Executivo federal zombando do filho de Bolsonaro.

Em grupos de WhatsApp e Telegram, muitos bolsonaristas escreveram que não participariam da campanha contra o presidente Lula neste começo de mandato. A explicação dada por boa parte deles é que não há um líder para guiá-los em um plano forte de oposição.

Houve quem defendesse Jair Bolsonaro, mas foi rebatido. “Ele fugiu. Líderes não fogem. Vou esperar outra pessoa aparecer para ser o nosso líder e nos guiar contra o molusco [apelido pejorativo de Lula]. Não confio mais no Bolsonaro”, respondeu um dos integrantes do grupo.

Eduardo Bolsonaro se sentiu isolado

O filho do ex-presidente tentou movimentar as redes sociais e mostrar a força da oposição. Porém, não teve apoio político suficiente para colocar seu plano em ação. Nem dentro do PL a imagem compartilhada por ele viralizou.

Boa parte dos parlamentares eleitos pelo partido aguarda os próximos passos de Lula. Valdemar Costa Neto quer que a sigla tenha uma oposição “responsável”. O entendimento de muita gente da sigla é que o período é de cautela.

Todos querem primeiro saber se Bolsonaro, de fato, será o grande líder da oposição. No entanto, depois do discurso feito no dia 30 de dezembro, a crença é que o ex-presidente não conseguirá ser o principal opositor de Lula.

Entre no  canal do Último Segundo no Telegram e veja as principais notícias do dia no Brasil e no  Mundo. Siga também o  perfil geral do Portal iG.