A candidatura de Sérgio Moro à presidência está mais próxima do União Brasil — fusão do PSL com o DEM, ainda não homologada pelo Tribunal Superior Eleitoral. Para botar o bloco na rua, a campanha esperava contar com R$ 60 milhões do fundo eleitoral do Podemos, partido ao qual o ex-juiz da Lava-Jato se filiou em novembro. A Executiva, no entanto, só aprovou um sexto desse valor.
O cacique pernambucano Luciano Bivar, por outro lado, acena com uma bolada de R$ 300 milhões. Na alta cúpula das duas legendas, já se fala que a troca de casa deve ocorrer em março.
Para conseguir fechar a filiação do ex-ministro da Justiça de Bolsonaro, no entanto, o presidente nacional do PSL vai enfrentar um problema semelhante ao de Renata Abreu no antigo PTN: a falta de apoio entre os comandados.
No Podemos, a bancada federal ou apoia a reeleição de Bolsonaro... ou a de Lula. Já no União, há um coro de descontentes puxado pelo DEM — e seu principal expoente, ACM Neto. O baixo desempenho de Moro no Nordeste é visto como um grande empecilho à sua tentativa de derrotar o PT na disputa pelo governo da Bahia.