Enquanto a barriga vazia de brasileiros volta a roncar, a Frente de Combate à Fome e Miséria da Câmara do Rio tenta desatar o nó górdio dos restaurantes populares. Confirmaram presença em uma audiência pública amanhã o secretário estadual de Direitos Humanos, Matheus Quintal, e o secretário municipal de Trabalho e Renda, Sérgio Felippe — comandantes das pastas que, nas duas esferas, cuidam dos estabelecimentos. A ideia é botar todo mundo para trabalhar junto e entender como as responsabilidades estão distribuídas, já que a crise de 2016 fechou os refeitórios estaduais e, no ano seguinte, a gestão de Marcelo Crivella municipalizou apenas algumas unidades.
A reabertura do restaurante de Madureira, por exemplo, chegou a ser anunciada pela prefeitura em 2018, mas nada caminhou depois disso. Agora, a unidade foi incluída no programa estadual Pacto RJ — assim como a da Central do Brasil, que tem reabertura prometida para o fim deste ano. A licitação, no entanto, só vai sair em novembro, junto com todos os editais de operação e mais 14 de construção. Ao todo, o plano prevê 26 estabelecimentos em 17 municípios até o fim do ano que vem. Desses, dois já funcionam, em Campos e em Duque de Caxias.
Os lugares com mais pressa
Para entender melhor como ajudar quem mais precisa, a frente parlamentar, presidida por Marcos Paulo (PSOL), quer elaborar um mapa da fome na cidade, em parceria com a UFRJ. O projeto está em análise na procuradoria.