Qual o sentimento da população?

Estudo da Fundação Getúlio Vargas mostra maior queda da felicidade entre população mais pobre

Foto: Reprodução
Estudo mostra que há um aumento da desigualdade de felicidade na pandemia

A FGV divulgou pesquisa sobre desigualdades e felicidade com dados até março de 2021 e fez  comparações da realidade brasileira com a de outras nações. O Rio de Janeiro é um dos estados com maior abismo social entre as classes no nosso país.

De acordo com o pesquisador Marcelo Néri, chegou-se à conclusão que "a pandemia adiciona mais três centésimos ao índice de Gini trabalhista, levando até 0.674, em 2021. A literatura considera este movimento um grande salto de desigualdade. No trimestre de janeiro a março de 2020, a renda média alcança o maior ponto da série, R$ 1.122, e em menos de um ano cai 11,3% e vai para o ponto mais baixo da série histórica, de R$ 995, primeira vez abaixo de um mil reais mensais. Outro indicador importante é a média das rendas individuais do trabalho na população de idade adulta, incluindo os sem trabalho: caiu 10,89% na pandemia. A queda de renda da metade mais pobre foi 20.81%, diminuição quase duas vezes maior que a da média".

FELICIDADE

Sobre medidas subjetivas de bem-estar, resultado de respostas diretas das pessoas sobre a sua vida, o levantamento indaga, numa escala 0 a 10, qual é a opinião dos pesquisados. O Brasil tem uma queda de 0,4 pontos, em 2020, chegando a 6,1, o menor ponto da série histórica desde 2006. A queda da felicidade se dá nos 40% mais pobres (-0,8%) e no grupo do meio (-0,2) situados entre 40% a 60% da renda.

Já os grupos mais abastados mantiveram a satisfação com a vida. Ou seja, há aumento da desigualdade de felicidade na pandemia. A diferença de satisfação com a vida entre os extremos de renda era de 7,9%, em 2019, e sobe para 25,5%. Há também perguntas sobre emoções, como sentimento de raiva, preocupação, estresse, tristeza e divertimento. A sensação de raiva aumenta de 19%, em 2019, para 24%, em 2020, dos brasileiros, uma mudança de 5 pontos de porcentagem.

No mundo, este avanço foi de 0,8 pontos percentuais. Ou seja, a raiva aumenta 4,2 pontos percentuais a mais no Brasil durante a pandemia que no resto do mundo. Similarmente: preocupação, stress e tristeza sobem, respectivamente, 3,6, 2,9 e 2,2 pontos percentuais a mais no Brasil do que no resto do mundo. Todos os indicadores subjetivos de bem-estar considerados pioraram mais no Brasil na pandemia que a média dos 40 demais países.

Homenagem ao Rei do Pop

A Prefeitura Mesquita, na Baixada Fluminense, dá tratos a um grande painel de Michael Jackson, produzido pelo grafiteiro Mazola, que ocupa um muro inteiro de uma rua da cidade. É que amanhã, dia 25, completam 12 anos da morte do astro da música.

Homicídio culposo e lesão corporal

Projeto de lei das deputadas Renata Souza e Mônica Francisco que será discutido hoje (24) na Alerj quer criar dossiê para divulgação periódica pelo Instituto de Segurança Pública dos dados relacionados a homicídios culposos, bem como dos crimes tipificados como lesões corporais causados por atropelamento ferroviário.

Ranking dos parlamentares

Com sua atuação na MP da Eletrobras, que garantiu economia de R$ 900 milhões por ano ao estado do Rio, senador Carlos Portinho (PL) chegou ao top 5 do ranking dos políticos. Já entre os senadores que representam o Rio de Janeiro, ele é o primeiro colocado. Ranking é estabelecido no Congresso pela atuação dos parlamentares, que semanalmente são avaliados.


Twittadas do Nuno

A morte dos jovens Mateus e Nathalia acende o alerta sobre os cuidados ao se usar os aquecedores a gás. Também é preciso discutir o monopólio desse serviço no Rio. Caro como é, ele deveria ser acompanhado de uma fiscalização rigorosa do estado dos equipamentos.

A aprovação da Câmara para o projeto que prevê incentivos fiscais para quem investir em moradias no Centro é bom estímulo. A região precisa ser cuidada e a contrapartida para que a iniciativa privada invista é fundamental.