A semana foi encurtada por causa de dois feriados: Tiradentes e São Jorge. E as autoridades estão muito preocupadas com o possível aumento de acidentes. No último fim de semana, por exemplo, o percentual de motoristas embriagados registrado pela Operação Lei Seca dobrou em diversas regiões do estado, como na Baixada Fluminense e Região Metropolitana, além das zonas norte e sul da cidade do Rio de Janeiro. A média atual, no estado, de casos de alcoolemia é de 9,9%. Na Baixada Fluminense, os índices de alcoolemia foram bem altos. Em uma blitz na sexta-feira da semana passada, em Magé, 58 motoristas foram abordados e, destes, foram registrados 11 casos de alcoolemia, o que representa 19% do total de abordados. Há poucos dias, em Belford Roxo, uma das ações de fiscalização alcançou o percentual mais alto do fim de semana: 24,6% dos condutores estavam embriagados. Em São Gonçalo, foram realizadas duas ações e 120 pessoas foram abordadas. Do total, 15% de casos de alcoolemia foram registrados. "Os altos índices de alcoolemia registrados nos últimos dias preocupam, mas nossa missão de salvar vidas continua e seguiremos atuando diariamente com ações de fiscalização em todo o estado", explica o superintendente da Operação Lei Seca, tenente-coronel Luiz Carlos Segala.
Legislação
O deputado federal Hugo Leal (PSD) é o autor da Lei Seca. Tendo sido presidente do Detran, já no seu primeiro ano de mandato, o parlamentar achou que tinha que fazer algo para conter a escalada de acidentes provocados por motoristas embriagados. A lei 11.705/2008 trouxe o conceito de alcoolemia zero para dirigir, o que passou a fazer parte da legislação brasileira. A redução do número de vítimas no trânsito nos primeiros 10 anos provou que a Lei Seca tem ajudado na educação das pessoas.
Auxílio emergencial estadual
O deputado Luiz Paulo (Cidadania) pediu em regime de urgência votação de projeto de lei que garante o pagamento das parcelas do auxílio emergencial a beneficiários do programa Supera Rio, retroativo ao de 1 de abril de 2021. "Estamos em uma situação econômica crítica, com alto índice de desemprego e muitas famílias abaixo da linha da miséria. É preciso assegurar que estas pessoas tenham condições mínimas de garantir sua subsistência. O auxílio emergencial estadual é uma ajuda fundamental. O cidadão não pode ser prejudicado pela morosidade do Poder Executivo em pôr em prática o que a Lei determina", disse.
Renda familiar e endividamento
Pesquisa do Instituto Fecomércio RJ mostra que número de consumidores que acreditam em algum tipo de redução da renda familiar diminuiu de 60,8% para 50,2% dos entrevistados. Os que creem que a situação econômica de suas famílias continuará como está subiu de 25,7% para 34,6%. Apenas 15,1% dos fluminenses acreditam que a renda aumentará de alguma forma. Os que se disseram endividados ou muito endividados caiu de 58,8% em março, para 52,1% em abril. Os que se dizem pouco endividados aumentou de 17% para 21,8%. Já o percentual de consumidores não endividados aumentou de 24,2% para 26,1%.