Pedro H. Villas Bôas Castelo Branco
Acervo pessoal
Pedro H. Villas Bôas Castelo Branco

Já nos primeiros dias da gestão Eduardo Paes, dois desafios exigem solução: a crise financeira e a aceleração do processo de vacinação que impeça a propagação do coronavírus. Além destas prioridades, abre-se um leque de ações administrativas que passam pela política e por ideias práticas. Neste embalo, é que os centros de pesquisa podem ajudar o Rio. Busca-se pacificação. Na visão do cientista político Pedro H. Villas Bôas Castelo Branco, professor adjunto do Instituto de Estudos Sociais e Políticos (IESP) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e do Centro de Ciências Jurídicas e Políticas (CCJP) da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), falta quem faça a mediação entre a academia e a política, "porque ideias existem que ajudariam a dar mais qualidade a políticas públicas", diz ele. Para o professor, "existe um conjunto de ferramentas conceituais que poderiam ser usadas pelos Governos". Sendo verdade, por qual razão isto não acontece? Pelo lado dos governos, existe uma nítida má vontade com as agências de fomento de pesquisa. Castelo Branco lista "contingenciamento de recursos, corte de gastos e ameaças". Outros acadêmicos também dizem ter aumentado "interferências ideológicas".

E OUTRO LADO

Já pelo lado das Universidades, têm ocorrido alguns sinais que indicam luz vermelha: "Os pesquisadores acadêmicos não podem se deixar pressionar pela polarização e por partidos políticos". A importância do pensamento livre fora da máquina pública vai além da aplicação de "boas ideias". A exemplo do Supremo Tribunal Federal, dos Tribunais de Contas, a inteligência acadêmica também funciona como freio em favor da democracia.

Evangélico fora da caixa

William Siri, um jovem de 28 anos, morador da Zona Oeste e evangélico, foi eleito pelo PSOL vereador do Rio. Ele foi o primeiro organizador da "Marcha contra a Intolerância Religiosa na Zona Oeste". Em seu gabinete, há assessores das mais diversas religiões: 4 católicos, 3 umbandistas, 4 evangélicos, 2 agnósticos e 3 cristãos que se dizem sem "religião definida".

Vagas abertas

Vereador eleito pelo Novo, Pedro Duarte recebeu 1.788 currículos no processo seletivo que abriu para quatro vagas no seu gabinete no Palácio Pedro Ernesto. Os interessados vão disputar os cargos de assessor de Comunicação, Politicas para a Cidade, de Mobilização e de Fiscalização. A seleção é feita pela Legisla Brasil, organização especializada em recrutamento de equipes para parlamentares.

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