O prefeito Eduardo Paes assumirá a prefeitura do Rio num dos momentos mais críticos dos últimos 50 anos. O endividamento público, a debilidade fiscal e a dificuldade mensal de fechar a folha de pagamentos já são problemas crônicos. Para piorar, a pandemia em curso dificulta a gestão da economia e das finanças. Outro sério problema é a demora para a chegada da vacina que possa impedir a expansão da doença, o que torna o futuro incerto. Estudos que circulam nos gabinetes dos presidentes das grandes empresas instaladas no Rio dão conta de que há uma possibilidade do PIB brasileiro crescer 3,9% no próximo ano, consolidando a retomada da economia.
RETOMADA
Um destes estudos diz que "o fim dos programas emergenciais pode afetar o dinamismo do consumo das famílias, mas tende a ser compensado pela melhora do mercado de trabalho – em contexto de reabertura da economia –, pelo bom desempenho do crédito e pela possibilidade de utilização da poupança gerada durante este ano". Outra análise garante que "ao longo de 2021, devemos ter aceleração do ritmo de crescimento. No início do ano, os riscos de recrudescimento das medidas de distanciamento social seguem presentes, diante do aumento de casos e da ocupação em leitos de UTI nas últimas semanas. No médio prazo, entretanto, sabemos que 2021 será marcado pela distribuição de vacinas contra a Covid-19, o que permitirá flexibilização gradual das atividades".
CONFIANÇA
O Índice de Confiança do Empresário paulista apontou até o fim do ano um percentual 17,7% menor que o de 2019. O do Rio apresentou alta de 1,7 % entre outubro e novembro, quinta alta seguida, alcançando o valor de 101,5. Em novembro de 2019, o valor era igual a 118,2.
Pezão requisitado
O ex-governador Luiz Fernando Pezão preferiu não comentar a prisão do prefeito afastado do Rio, Marcelo Crivella, acusado de chefiar o "QG da propina". Até porque ele tem mais o que fazer. A movimentação de prefeitos eleitos na sua casa, em Piraí, tem sido fora do normal. Pezão virou uma espécie de consultor informal dos novos alcaides.
Financiamento para enfrentar pandemia
A Alerj vai oficializar o repasse de R$ 20 milhões para a Fiocruz em cerimônia amanhã (30). O objetivo é garantir recursos para o financiamento de atividades relacionadas ao enfrentamento do coronavírus. A lei autoriza o repasse de recursos do Fundo Especial da Alerj para projetos de Centros de Pesquisas Tecnológicas vinculados a universidades estaduais e federais, além de programas nas áreas de Saúde, Educação e Segurança pública. Ao longo de 2020, foram economizados quase R$ 500 milhões - deste total, R$ 300 milhões foram devolvidos ao Governo do estado para pagamento do 13º salário dos servidores e R$ 26 milhões foram destinados à desapropriação do imóvel que será destinado à nova sede do Instituto de Aplicação Fernando Rodrigues da Silveira - CAp-Uerj. A Alerj ainda doou R$ 100 milhões para os 92 municípios fluminenses para o combate à covid-19, R$ 5 milhões para a Coppe-UFRJ, para a construção de mil respiradores e R$ 20 milhões para a recuperação do Museu Nacional.