Urna
Agência Brasil
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A melhor análise do resultado das eleições no Rio de Janeiro será feita nos próximos dias. Mas já é possível garantir que o voto do eleitor para a Câmara de Vereadores, ideologicamente, sinalizou o centro democrático e não para os extremos. Primeiro, os bolsonaristas espalhados pelos partidos de direita, majoritariamente Republicanos e PSL, não repetiram o sucesso de 2018, com o discurso Família, Pátria e Religião. Segundo, prevaleceu a preferência por nomes já conhecidos. Por isso, ficou mais fácil repetir votos em figuras carimbadas como Chico Alencar (PSOL), Carlos Bolsonaro (Republicanos), Jorge Felippe (DEM), Teresa Bergher (Cidadania) e Rosa Fernandes (PSC). Lembrando que todos possuem envolvimento com a política local.

OLHAR ELEITORAL

Os radicais da esquerda do PCO, por exemplo, ficaram no meio do caminho e, pela direita, a boa votação de Gabriel Monteiro (PSD), se deve mais a um fenômeno individual das redes sociais do que ele ser representante de grupo organizado. O baixo clero, como sempre, acha o seu lugar: Marcelo Siciliano (PP) e Carminha Jerominho (PMB), ambos polêmicos por suas atuações em área de milícia. Deu certo a estratégia da esquerda de empoderar mulheres pretas para fortalecer a luta contra a discriminação de gênero e raça. Como foi o caso de Tainá de Paula, do PT, e as candidatas sensíveis a temas sociais. do PSOL.

Vida que segue

A Fundação Leão XIII e o Detran.RJ inauguram, nesta segunda-feira (16), o Posto de Atendimento às Pessoas em Situação de Rua. A nova sala vai funcionar na sede da Fundação, na Rua Senador Dantas, 76, 8º andar, no Centro, de segunda a sexta, das 9h às 17h. Quem buscar a unidade vai encontrar serviços de isenção para segunda via de documentos e acolhimento de educadores e assistentes sociais.

Uma lacuna no debate

Mulheres pretas e de origem da favela ocuparam o espaço eleitoral neste ano, e esta foi uma das novidades do pleito. Praticamente não se debateu os problemas que envolvem pessoas identificadas como trans. O premiado coreógrafo Marcio Moura chama atenção que "a expectativa de vida das pessoas trans é de 35 anos. Essa idade estimada é menos da metade da média nacional, que é de 75,5 anos, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Além de dificuldades no acesso e atendimento nos serviços de saúde, essas pessoas têm como um dos principais fatores de adoecimento, a transfobia, que de forma estrutural e histórica, impede que essas mulheres cheguem à velhice", diz.

Sugestão para o TRE

Muitos idosos, mesmo sem a obrigatoriedade de comparecimento, fizeram questão de votar. Ocorre que pessoas com mais 70 anos, em muitas zonas eleitorais, foram obrigadas a subir rampas ou escadas. Fica a sugestão para que a logística futura reúna todas acima desta idade no primeiro andar para facilitar a mobilidade.

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