A investigação do Ministério Público Eleitoral do Rio de Janeiro para apurar possível conduta ilícita do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em live exibida ao vivo na semana passada em suas redes sociais agitou os bastidores da política fluminense. A suspeita sinaliza que Bolsonaro fez propaganda em favor de candidatos no vídeo nitidamente usando as instalações da residência oficial, em Brasília, e a rede tecnológica paga pelo contribuinte. O advogado especialista em direito autoral e membro da Academia Brasileira de Direito Eleitoral, Renato Ribeiro de Almeida, alerta que "para caracterizar abuso, é preciso verificar se realmente Bolsonaro estava atuando como presidente da República ou como pessoal física".
REVOLTA
O impacto do uso político da live do presidente causou revolta nos adversários. A arquiteta Tainá de Paula é uma que se considera prejudicada na disputa por uma vaga na Câmara de Vereadores. "A presença de Bolsonaro na campanha do Rio de Janeiro, fechando a aliança Bolsonaro+Crivella, confirma o que eu havia previsto: um vice bolsonarista na chapa demoníaca no município do Rio de Janeiro. Candidatos a vereador milicianos e do cartel das Igrejas sendo alavancados pelo fundo eleitoral e pela lavagem de dinheiro da junção do PRB (partido de Crivela) e do futuro partido, Aliança pelo Brasil - que nas eleições provavelmente só terá o dinheiro da lavagem, pois ainda não terá fundo eleitoral. Ele e seus aliados serão derrotados no próximo domingo". A sua fala foi apoiada por colegas de outros partidos de oposição.
Liberdade de expressão no esporte
O Ministério Público Federal realiza hoje (10), às 14h, audiência pública "Liberdade de Expressão e Isonomia no Esporte". Estão confirmadas as presenças de atletas, jornalistas, juristas e representantes de entidades esportivas, entre eles a jogadora de vôlei Carol Solberg, os jornalistas Juca Kfouri e Athos Moura, o velejador Lars Grael, e os professores Daniel Sarmento (Direito Constitucional - UERJ) e Katia Rubio (Educação Física - USP).
Prevenção contra incêndio nas escolas
O vereador Babá entrou com Requerimento de Informações junto à Secretaria de Educação pedindo o plano de emergência contra incêndio nas escolas da rede municipal. Durante a CPI das escolas, presidida por Babá, o vereador viu várias unidades com fogões e redes elétricas que preocupam.