O candidato a prefeito do Rio pelo PSTU, Cyro Garcia, praticamente disputou todas as eleições nos últimos 30 anos. Neste momento, ele mostrou preocupação com a pandemia. "Ela nos pegou aqui no Rio de Janeiro com um dos piores governos que nós poderíamos ter. No governo federal, nós temos um verdadeiro genocida, que minimizou o tempo todo a pandemia, dizendo que era 'gripezinha', inventando remédios, como cloroquina, e outras coisas, demitindo técnicos da Saúde, demitindo médico para botar um general que nem sabia o que era o SUS. Então, a destruição começa de cima. Chega no governo estadual, o envolvimento com a corrupção na construção dos hospitais de campanha e que faz até com que hoje o Witzel esteja afastado, e você tem um Cláudio Castro no lugar dele que também é investigado sobre corrupção e vai ser julgado por uma Assembleia Legislativa que deu posse de parlamentares na cadeia. E o presidente da Assembleia, que é o André Ceciliano, do PT, envolvido também em investigações de corrupção. Então, aqui no Rio de Janeiro tinha que ser 'fora todos eles' e eleições gerais. No caso em particular do município, a pandemia pegou um sucateamento total da saúde primária, o Crivella já tinha desarticulado várias equipes da Saúde da Família, cerca de 6 mil profissionais da Saúde foram demitidos durante a gestão do Crivella. Então, concretamente, a pandemia pegou uma saúde pública na nossa cidade completamente despreparada, fruto do desmonte do Crivella".
Garcia deixou claro que a falta de perspectiva da extensão da doença é um problema sério. "A pandemia continua. Nós não sabemos ainda exatamente quando ela vai terminar, porque as vacinas continuam em teste. Nós não sabemos quando elas estarão prontas e do seu grau real de eficácia. Nós pretendemos gerir uma saúde pública que seja efetivamente 100% pública. Então, rompimento imediato com todas as OSs, que nada mais são do que transferências de verbas públicas para a iniciativa privada e um antro de corrupção. Nós queremos, inclusive, municipalizar os hospitais privados, porque é um absurdo que pessoas morram, porque ficam esperando vaga de leito em UTI no SUS e sobrem vagas de leito em UTI na rede privada. Vidas importam, todas elas. E não apenas as vidas que têm dinheiro para pagar o tratamento. Nós temos que, a partir disso, fazer com que uma saúde 100% pública, porque saúde não é mercadoria, ela seja gerida por conselhos populares, formados pelos profissionais da Saúde e a população usuária. Para a gente poder fazer essas coisas, nós temos que tirar de quem tem. Então, nós temos que fazer com que os ricos paguem pela crise. De que maneira? Suspendendo o pagamento da dívida pública, que nada mais é do que verbas para ir para o cofre dos banqueiros e dos grandes fornecedores da Prefeitura, empreiteiras e outros fornecedores. Nós temos que estabelecer o IPTU progressivo, onde os bairros nobres paguem mais caro e a gente possa, inclusive, isentar de IPTU os bairros onde mora a população de baixa renda. Acabar com as isenções fiscais aqui da nossa cidade e cobrar os grandes devedores. De posse desses recursos, apoiado nos conselhos populares, numa saúde totalmente municipalizada, nós vamos ter uma saúde de qualidade, vamos ter condições de enfrentar a pandemia e vamos, inclusive, acabar com determinadas mazelas, como, por exemplo, a fila do SISREG e outras coisas. Essas medidas, no meu ponto de vista, são fundamentais".
Nas costas de Messina
O candidato pelo MDB à prefeitura do Rio, Paulo Messina, recebeu com surpresa o movimento de um dos candidatos do seu partido a vereador pelo Rio de Janeiro, Vitor Hugo, apoiado pelo prefeito de Duque de Caxias e candidato à reeleição, Washington Reis. O alcaide manifestou seu apoio a Eduardo Paes, candidato a prefeito pelo Rio pelo DEM e líder nas pesquisas. O material de campanha do novato candidato faz dobradinha com Eduardo Paes e não com o Messina.
Lobby forte
Circula na Alerj que os deputados Bruno Dauaire e Chiquinho da Mangueira, ambos do PSC, estão fazendo de tudo para indicar a substituta para a cadeira da secretária de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, Cristiane Lamarão. A coisa está tão frenética que foi iniciada uma mobilização na Assembleia para que os outros deputados ajudem a pressionar Claudio Castro.
Você viu?
Carta branca
O programa Mutirão "Detran.RJ" é uma prioridade do governador Cláudio Castro. Para isso, ele deu carta branca para o presidente do órgão, Adolfo Konder. Resultado: o Detran está agendando toda quinta-feira para o sábado seguinte os atendimentos mais urgentes.
Twittadas do Nuno
Rodovias privatizadas são as únicas que realmente estão em bom, ou razoável, estado de conservação, e permitem segurança aos milhares de usuários diários. A questão da Linha Amarela deveria ir além dos tribunais, e a população deveria ter poder de escolha na privatização da via.
A compra da vacina da China não estaria em discussão se a educação e a pesquisa fossem mais valorizadas em nosso país. Temos no Rio a Fiocruz, instituição de ciência e tecnologia em saúde respeitada em todo o mundo — que certamente teria uma resposta para esse problema.
Um dos atrativos do Rio é a felicidade. Temos praia, música e cultura. O fechamento do Metropolitan reduz a oferta deste pacote. Já se foram o Circo Voador, os cinemas de rua e o Museu Nacional, que deve demorar para voltar à atividade. Em tempo de crise, cada perda é indigesta.