A revelação do governador gaúcho Eduardo Leite (PSDB) de que é homossexual não rendeu, ainda, uma repercussão positiva eleitoral para sua pré-candidatura a presidente da República.
Nova rodada nacional da Paraná Pesquisas / Coluna Esplanada indica que esse marketing político, se foi o caso, pode render apoio entre eleitores LGBTQ, mas não converte simpatia em votos.
A Paraná perguntou: “O fato de um candidato a Presidente ser gay aumenta, diminui ou não altera sua vontade de votar nele?”. Apenas 5,8% dos entrevistados disseram que ‘aumenta’, e para a grande maioria (75,9%) o fato ‘não altera’ a intenção de voto; 13,7% informaram que ‘diminui’.
Outros 4,6% não souberam responder. A pesquisa ouviu 2.033 habitantes de 192 cidades de todos os Estados e DF, de 15 a 19 de julho, em entrevistas pessoais telefônicas não robotizadas.
Embora os índices sejam bem distantes, os 5,8% que indicam apoio a um candidato gay podem ser uma mola propulsora para o PSDB preparar a exposição de Leite e seu programa de Governo.
Recortes
No recorte por gênero, os índices são semelhantes ao cenário nacional: Entre homens, 4,6% disseram que ‘aumenta’ a intenção de voto; 76,2% responderam ‘não altera’, e 15,8% informaram ‘diminui’. Entre as mulheres, os índices ficaram em 6,9%, 75,6% e 11,8%, respectivamente.
Outro ponto de destaque da pesquisa é que a vontade de votar em candidato gay cai gradativamente à medida que aumenta a faixa etária dos entrevistados.
Rejeição
No recorte por regiões do País, verifica-se que a rejeição a um candidato gay é alta – acima dos 12 pontos percentuais – em todas elas. Lei detalhes no site da Coluna.
O Sudeste, com 7,5% , e o Sul – terra de Eduardo Leite – com 6,3% são as regiões onde um candidato gay mais teria aprovação. E, curiosamente, é o Sul quem lidera a maior rejeição entre as regiões, em 15,9%.