A sonegação de ICMS no comércio do etanol no Estado de São Paulo atinge 40% de tudo o que é vendido, segundo o Instituto Combustível Legal.
Isso só é possível graças a um esquema manjado há muito tempo, mas não combatido pela Secretaria de Fazenda: uma empresa laranja financiada por um terceiro compra o etanol e o revende sem recolher o ICMS.
Só que a empresa laranja cobra do financiador da operação um percentual do que deveria ser recolhido do imposto. O nome desse antigo esquema é “Barriga de Aluguel”.
Gustavo Monte é o grande personagem do esquema que dura mais de 10 anos. Apelidado de “Rei da Barriga de Aluguel”.
Monte utiliza as empresas Aspen, Monte Cabral, Evereste e Petroquality para burlar o fisco paulista e comercializar bilhões de litros do combustível.
Recentemente Monte passou a usar uma nova empresa para engambelar a fiscalização: a Gol. Estima-se que 20% de todo o etanol comercializado sem o recolhimento do ICMS no Estado passem pelas empresas ligadas ao “Rei”.