A Igreja Católica no Ceará se vê diante de um daqueles casos surreais de venda de paraísos (aqui na Terra).
O Tribunal de Justiça do Estado vai julgar em breve uma ação na qual a Arquidiocese requer a restituição de posse de 750 mil metros quadrados, de sua propriedade, de terra negociada por um empresário de Juazeiro do Norte sem o consentimento do arcebispo.
O problema é que na terra “sagrada” da Igreja já existem mais de 700 lotes negociados – e residências – vendidos por este ‘empreendedor’ imobiliário.
Ele alega que um pároco do Crato lhe concedeu procuração para isso há muitos anos. Os advogados da Igreja discordam e apontam que o documento não dá legitimidade sobre a posse e que só o bispo poderia ter autorizado o negócio.
Para não comprar uma briga maior – principalmente com muitos fiéis que investiram nos terrenos – a Igreja não impetrou ação de pedido de despejo. Ainda.