Citado entre aliados como um dos potenciais vices na chapa presidencial de Lula da Silva, o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), ainda não passou no teste na primeira crise pré-campanha de exposição em vitrine nacional.
As suas ações diante da truculência da Polícia Militar na manifestação contra o presidente Jair Bolsonaro no Recife desagradaram diferentes entidades, políticos da oposição e até da sua base.
A despeito da marca de bom gestor local (na visão dos aliados), o episódio de crise na segurança pública mostrou despreparo. Caiu como bomba até entre amigos Câmara avisar que não sabia do protesto, diante de toda a mídia.
O que era para ser no sábado e durante esta semana um ato anti-Bolsonaro, respingou direto em Câmara. Agora é chamado de truculento, autoritário e negligente.
O PSB – cujo comando nacional tem base no Recife – corre para limpar a imagem do governador, sem muito sucesso. Os expoentes nacionais do partido se calaram. Nenhum aliado político do PDT, PT, nem o prefeito João Campos e demais partidos da sua coalizão deram palavra de apoio ao governador. Todos culpam a PM.