Ex-presidente Lula da Silva
Agência Brasil
Ex-presidente Lula da Silva

Socialistas que desejam ver Paulo Câmara vice de Lula da Silva espalham que o petista quer o governador na chapa presidencial de 2022. Balela, segundo grãos-petistas. 

Lula já é forte eleitoralmente no Nordeste e especialmente em Pernambuco. Mas obviamente não descarta o PSB e quer o partido como principal aliado. 

O PT e o PSB têm uma soma considerável de eleitores nos seis Estados administrados pelas legendas. São Bahia, Ceará, Piauí, Pernambuco e Paraíba, no Nordeste; e Espírito Santo, no Sudeste. Podem, unidos, fazer frente forte aos votos do presidente Jair Bolsonaro nestes redutos. 

Na articulação, Lula vai afagar o partido aliado de modo que não precise ceder a vice, que pretende entregar a outro grande partido de centro-esquerda.

Lula já “tem” o voto nordestino e sonha com um empresário do eixo Rio-São Paulo que traga o amplo apoio da nata do PIB nacional. Seria um outro “José Alencar”. Ele já citou recentemente numa entrevista a empresária Luiza Trajano, dona da Magazine Luíza, que ajudou a então presidente Dilma Rousseff a se aproximar de grandes empresários no Conselhão do Palácio. Mas disse que acha difícil ela aceitar.

O PT quer puxar o PSB para evitar que o partido lance Câmara à Presidência, porque sabe que o presidenciável desde 2002 Ciro Gomes será lançado pelo PDT. Ciro é potencial aliado num eventual 2º turno, apesar as rusgas atuais com o PT e o petista.

Enquanto articula já uma coalizão discreto, Lula não descarta lançar ano que vem uma nova Carta ao Povo Brasileiro, como fez em 2002, na campanha eleitoral, comprometendo-se com o setor produtivo e bancário.

Em tempo, há outro ânimo na agenda do petista. Anulado o processo de Lula da Silva no STF,  além de deixá-lo elegível, a maioria dos crimes aos quais foi imputado vão prescrever por ter mais de 70 anos. É a Constituição Brasileira. 

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