O velho e experiente MDB vai dando as caras para não ser um coadjuvante abandonado no cenário eleitoral de 2022. A postura do ex-presidente Michel Temer em abrandar o discurso crítico sobre a ex-presidente Dilma Rousseff e a articulação em andamento para se lançar ao Planalto – conforme a Coluna antecipou ontem – indicam que o PT, PSDB e até o presidente Jair Bolsonaro (ainda sem partido) serão obrigados a sentar à mesa para conversar com o cacique.
O MDB ainda tem grande bancada no Congresso Nacional, e é o maior partido municipalista do País. Os prefeitos e vereadores são os melhores cabos eleitorais para uma campanha nacional.
Há quem veja a decisão de Temer como grande jogada para ganhar o que realmente interessa ao MDB num eventual futuro Governo de Lula, de Jair ou de outro nome.
Sem perder tempo, também, tido como um ‘independente’ dentro do partido, o senador Renan Calheiros vai dando mostras de fidelidade a Lula da Silva desde 2019. Uma frente suprapartidária de aliados comenta que Michel Temer pode ser chanceler do Itamaraty, de qualquer Governo com o qual o MDB fechar. E é sonho dele.