Luiz Fernando Pezão
EBC
Luiz Fernando Pezão

Dois anos e quatro meses após ter entrado numa viatura da Polícia Federal numa operação da Procuradoria Geral da República, a poucos dias de deixar o Governo do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão segue em prisão domiciliar na pequena Piraí, sem trabalho. Vive de aposentadoria do INSS e do aluguel de apartamento. 


A exemplo de outros alvos da Operação Lava Jato, Pezão entrou na lista dos que reclamam dos abusos de autoridades. 


Semanas antes da prisão foi inocentado por 6 a 0 no Superior Tribunal de Justiça no processo da delação do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa. A amigos que o visitam, diz que não quer vendeta jurídica, mas não esquece o dia em que a PF entrou no Palácio Laranjeiras com fuzis e metralhadoras, com pedido de busca e apreensão determinado pela PGR Raquel Dodge. 


Teve voz de prisão do procurador e do delegado após 43 perguntas sobre uma conta-salário aberta em 1997 utilizada apenas para receber os ganhos dos cargos que ocupou. Seu processo segue na Justiça Federal.


O MPF até hoje não encontrou provas também de uma suposta fazenda de R$ 2,5 milhões que seria dele. “Eu nem gosto de roça”, alegou a um contato que o visitou.

Pezão pagou do bolso R$ 1 mil por mês, por quatro anos, de compra de comida para ele e a mulher durante a sua moradia no Palácio Laranjeiras.


Pezão tem saudade dos tempos em que a maior vergonha que já passara como gestor público foi como prefeito de Piraí. Mandou derrubar um bambuzal de alto de morro para construir um escadão. Era o ‘banheiro’ da comunidade. O povo foi para sua porta.

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