O Congresso Nacional – deputados e senadores – e em especial os presidentes do Senado e da Câmara, Rodrigo Pacheco (MG) e Arthur Lira (AL), respectivamente, são responsáveis diretos por parte dos altos números de contaminação por coronavírus em Brasília.
A decisão de manter as atividades parlamentares e as portas abertas das dependências de anexos e gabinetes durante a discussão das emendas do Orçamento da União lotou a capital. Estima-se que mais de mil prefeitos e vereadores visitaram Brasília em fevereiro e parte de março, sem contar lobistas e empresários, muitos deles contaminados e assintomáticos.
O Congresso é praticamente uma “pequena cidade”. Num dia normal, cerca de 30 mil pessoas passam pelas dependências das Casas. O resultado se vê com registros de assessores contaminados em vários gabinetes das Casas. Até ontem à noite, o DF registrava 5.818 mortes, mais de 341 mil contaminados e cerca de 318 mil recuperados do Covid-19.
Durante a maratona dos prefeitos e vereadores atrás de emendas, os departamentos médicos das Casas ficaram lotados. Médicos constataram numerosos casos em testes.
Há uma suspeita de que o saudoso senador Major Olímpio tenha se contaminado numa dessas visitas ao gabinete. Três senadores (Arolde de Oliveira e José Maranhão, além de Olímpio) já morreram vítima da doença.