O ex-presidente da República Michel Temer está disposto a entrar na disputa pelo Palácio do Planalto ano que vem se conclamado pelo partido e aliados. Nos últimos dois dias, ele recebeu telefonemas de líderes dos partidos do chamado Centrão – legendas que ganharam essa denominação durante seu início de Governo em 2016 pela coalizão que se formou para governabilidade pós-Dilma Rousseff.
Embora negue a pretensão, Temer está aliviado com a absolvição na Justiça Federal do Distrito Federal no caso Rodrimar, acusado pela Procuradoria Geral da República de receber suposta propina num decreto para estender a operação da empresa no Porto de Santos.
Os partidos do Centrão (Progressistas, PSD, PL, Republicanos, Solidariedade, PROS, PTB e outros) até o fechamento da Coluna eram aliados ao presidente Jair Bolsonaro.
O perfil conciliador e estrategista de Michel Temer, como decano do Congresso e ex-presidente da Câmara, pode contribuir para uma futura coalizão em torno de seu nome.
Temer foi absolvido pelo juiz Marcus Bastos, da 12ª Vara Federal, o mesmo que já o absolvera no suposto tráfico de influência no episódio da frase “Tem que manter isso aí”, gravado por Joesley Batista, sobre suposta propina a Eduardo Cunha.
O MDB começou a se movimentar em torno do chefão. Tomou posse o novo presidente da Fundação Ulisses Guimarães o deputado Alceu Moreira. Ele quer um museu sobre o mandato de dois anos do ex-presidente.