Dos quase 300 réus que foram presos pelas fases da Operação Lava Jato de Curitiba, Rio de Janeiro e São Paulo, apenas o ex-governador carioca Sergio Cabral continua na cadeia. Para o Ministério Público Federal, manter Cabral na cela é fundamental na guerra de bastidores com a Polícia Federal.
Quem conhece o outro lado das portas aponta que os procuradores não engolem o fato de a PF fechar acordo de delação premiada – caso de Cabral – com aval do Supremo Tribunal Federal.
O ex-governador teve seu acordo com a PF
homologado pelo ministro Edson Fachin, do STF, há um ano. É o único colaborador da Lava Jato que ainda vê o café passar pelas grades toda manhã.
Fernando Cavendish, da Delta, com muitos contratos fraudulentos – em especial no Rio – fechou delação com o MPF, foi condenado a 11 anos de prisão recentemente, e segue em prisão domiciliar.
Cabral, que chegou a ser cotado para vice na chapa de Dilma Rousseff , amarga por ora 17 condenações que somam mais de 300 anos de prisão nas costas.