Presidente de um dos partidos com mais votos no Congresso Nacional e boas bancadas em Assembleias Estaduais, o senador Ciro Nogueira (Progressistas-PI) tornou-se o homem mais poderoso do Governo sem ter cargo. A eminência parda do presidente Jair Bolsonaro transita com desenvoltura no Legislativo, passa por portas palacianas sem agendas e virou alvo de demandas diversas suprapartidárias.
Emplacou um ministro no Supremo Tribunal Federal – ele é o principal padrinho da indicação de Nunes Marques, e comemorou abertamente no Twitter – e pode conquistar a presidência da Câmara dos Deputados na figura de Arthur Lira, deputado de seu partido que apadrinha. É do Progressistas uma das futuras vagas na iminente minirreforma ministerial.
Ciro articula levar para a legenda um nome de vitrine para indicar de vice na chapa presidencial da tentativa de reeleição de Bolsonaro, cujas tratativas já começaram. O senador ativou o modo ‘ser sem ser visto’ e ganhou a confiança do presidente da República. Mas é especulação qualquer menção a ele como eventual vice na chapa, por ser alvo da Operação Lava Jato como um dos ilustres da Lista de Janot, o ex- PGR.