A crise sócio-econômica no Amapá, sem energia há três semanas, é muito maior do que o divulgado na imprensa. Contatos da Coluna que moram na capital relatam que há quebra-quebra nas ruas.
O presidente Jair Bolsonaro, que visitou Macapá no sábado, ficou o tempo de as termelétricas a diesel improvisadas lhe darem energia elétrica para um tchau no desfile de carro. Foi só decolar que o apagão tomou a cidade.
Informes da PM apontam que 40% do efetivo estão contaminados por Covid-19. O pior episódio aconteceu no Pronto Atendimento Infantil (PAI). Com o apagão, seis bebês entubados vieram a óbitos, filhos de pessoas humildes, relatam fontes da unidade. Não conseguimos contato, ainda, com o hospital. A única água ‘potável’ é do rio Amazonas.
O clima tenso nas ruas, a praça fechada e a insegurança energética contribuem para que alguns empresários de Macapá falem em se mudar do Estado. E levar as empresas.
Politicamente, o mais prejudicado é Josiel Alcolumbre, irmão do senador Davi, e candidato a prefeito. Despencou nas pesquisas de 1º lugar, isolado, para 4º lugar.