Fechadas as urnas de ontem, o PT – que já controlou boa parte das prefeituras do País na Era Lula da Silva – pode definhar nos resultados a partir de hoje. Além de não ter candidatos com chances em todas as capitais, houve forte migração, declarada ou velada, de votos dos petistas em cidades importantes, diante de candidatos fracos ou não aceitos pelas hostes e militâncias.
Casos de São Paulo, onde Guilherme Boulos (PSOL) recebeu apoio aberto de petistas, em detrimento de Jilmar Tatto, um nome pinçado pelo ex-presidente Lula do ABC paulista. Em Belém, outro socialista, Edmilson Rodrigues (que já administrou a cidade), também ascendeu com voto petista. Manuela D’Ávila, do PCdoB, ganhou apoio da militância petista em Porto Alegre.
No Recife, outro nome forçado por Lula, Marília Arraes, não conseguiu apoio aberto do próprio partido, controlado pelo senador Humberto Costa, aliado de João Campos (PSB).
De acordo com o gráfico do Poder 360, o PT tinha 409 prefeituras em 2004, passou para 558 em 2008, 638 em 2012, e nos anos seguintes começou a definhar.