A declaração do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, em defesa da necessidade de rediscutir o Simples preocupou o presidente do Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas no Estado de São Paulo, Sescon-SP, Reynaldo Lima Jr.
“Maia questionou se o regime tributário consegue gerar ‘tanto emprego assim’, mas estudo do Sescon-SP mostra que as grandes empresas transferem 5% da sua receita para seus colaboradores, enquanto as pequenas repassam 24%”, explicou Lima.
“Aparentemente, o Estado leva em conta o indicador da arrecadação, que revela 80% de participação das empresas optantes pelo regime do lucro real, em detrimento de apenas 9% das optantes pelo Simples Nacional. No entanto, a distribuição de renda me parece um indicador muito mais revelador para lustrar a dinâmica de renda do empreendedorismo no país”, explicou, justificando que é por isso que a entidade defende tanto a manutenção do Simples Nacional, que está sendo ameaçado com as PEC 45 e 110 de Reforma Tributária, que tramitam na Câmara e Senado.