Na avaliação de fontes do Judiciário consultadas pela Coluna, os nomes esquentados na mídia ligados diretamente ao presidente Jair Bolsonaro, como o ministro da Justiça, André Mendonça, e o ministro da Secretaria de Governo, Jorge Oliveira, não têm envergadura para uma vaga no Supremo Tribunal Federal.
Mendonça se queimou em Brasília com a revelação do dossiê contra funcionários classificados de esquerdistas; e Oliveira é um militar, o que não é de bom agrado das hostes e cúpula do Judiciário. A conferi.
O jurista Ives Gandra, católico e conservador, está no radar do presidente Bolsonaro para outra vaga confirmada do STF, com a aposentadoria do ministro Marco Aurélio.
O Sistema
A iminente indicação de novo ministro para o STF pelo presidente da República remete, novamente, a críticas do modelo de escolha que empodera o chefe da nação. O Brasil tem o mesmo sistema dos Estados Unidos e outras grandes democracias. Mas há exemplos diferentes e, digamos, mais pluralistas e democráticos bem perto.
Na Bolívia, os ministros das Cortes são escolhidos por conselho de 7 notáveis de setores da sociedade. No Equador, há sistema misto: os ministros são escolhidos por votos dos Poderes Executivo, Legislativo, mas também com aval ou não de uma Câmara de representantes da sociedade civil.