Em meio à polêmica com os funcionários sobre a privatização da estatal, a Eletrobras aprovou na sexta-feira o Plano Estratégico 2020-2035 – uma correção de rumos após o fiasco da Medida Provisória 579, do Governo de Dilma Rousseff, que originou a Lei 12.783/13 pela renovação antecipada das concessões das hidrelétricas.
A MP, visando baratear as contas de luz do cidadão, teve efeito reverso em 2015, quando a tarifa subiu, e muito. Resultado é que a Lei gerou um aumento de despesas de R$ 199 bilhões à Eletrobras.
Em anúncio de Fato Relevante no sábado, a direção da estatal avisou que “os impactos trazidos pela MP 579 comprometeram a saúde financeira da empresa nos anos seguintes, tendo sido necessário adotar uma série de medidas de ajustes”.
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Ainda de acordo com o texto, as medidas foram “fundamentadas nos três pilares estratégicos que permitiram a recuperação do equilíbrio da empresa: (i) Excelência Operacional; (ii) Disciplina Financeira e (iii) Governança e Compliance”.
Em suma, a MP 579, tida por muitos como eleitoreira, arrasou o caixa das empresas da Eletrobras que já contavam com repasses programados de valores acordados. Com barateamento da energia (por dois anos, apenas), a estatal ficou com o rombo bilionário.
O povo paga a conta desse rombo até hoje. Foi dedo na tomada, do Governo Dilma, e choque na mão do consumidor final.