A Igreja Católica no Brasil vive uma velada batalha na cúpula, envolvendo seus bispos. Um grupo de 152 deles assinou carta aberta com crítica ao presidente Jair Bolsonaro, citando que ele não tem competência para governar. Mas o documento “vazou” antes que o comando da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) avaliasse o conteúdo. O comando pedira tempo para análise.
Agora, um outro grupo – não necessariamente fã de Bolsonaro, porém cauteloso e sem ala ideológica – prepara contra-ataque interno, cobrando postura dos signatários que atearam fogo na sacristia. A CNBB tem 450 bispos, e enviou recado ao presidente de que o documento vazado (assinado por um terço deles) não é a posição da entidade.
Isso tudo ocorre em meio à campanha de sensibilização “Amazoniza-te”, lançada ontem pela Comissão Episcopal para a Amazônia da CNBB, em parceria com outras organizações eclesiais e da sociedade civil.