Quieto em seu apartamento em Piedade, no Recife, o deputado federal Luciano Bivar fumou o cachimbo da paz com Jair Bolsonaro. Em um telefonema do presidente da República, ficou acertado com o manda-chuva do PSL que o partido vai ajudar o Governo com os seus 53 votos na Câmara dos Deputados e também nas eleições municipais.
Pragmático, Bivar entende que Bolsonaro tem a caneta por mais dois anos e meio e muitos cargos para o PSL. O outro tema foi um pedido feito para que o PSL não apoie a eventual candidatura de João Campos (PSB) à Prefeitura do Recife.
Como o tempo de propaganda eleitoral é definido pela bancada eleita em 2018, o PSL terá o maior tempo de TV, seguido do PT. O PSB precisa correr atrás de outros aliados.
Bloqueio
Mas há resistências regionais. Daniel França é o dirigente do PSL do Piauí, marido da deputada federal Joice Hasselmann (SP), que rompeu com o Palácio. Foi Joice, quando às boas com o clã nacional, que emplacou França no diretório.
Agora, o dirigente, na esteira do rompimento político de Joice, dificulta candidaturas de bolsonaristas filiados ao PSL local para prefeito e vereador. A choradeira chegou ao presidente. O ônus da pacificação está com Bivar, que topou trégua com Bolsonaro.