O brasileiro vai adiar este mês o pagamento da maioria de suas dívidas, efeito da crise na saúde pública com a pandemia e da economia parada. É o que constatou sondagem nacional exclusiva da Coluna / Paraná Pesquisas ao perguntar: “No mês de maio, o(a) Sr.(a) conseguirá pagar todas as suas contas?”.
Dos entrevistados, 69,1% responderam Não, 28,8% Sim e 2,1% não responderam. Dos que confirmaram o ‘calote’, 31,3% vão pagar “a menor parte das contas”, 10,8% não irão pagar “nenhuma de suas contas” e apenas 27,1% afirmaram que vão pagar “a maior parte de suas contas”.
A Paraná ouviu 2.242 brasileiros por telefone entre sexta (22) e ontem, em 210 cidades de todos os Estados e DF. A margem de erro é de 2%.
Do total de entrevistados, 77,7% têm o ensino médio, e 22,3% o ensino superior; 65,2% são do grupo PEA (população economicamente ativa) e 34,8% não-PEA (desempregados, estudantes e do lar, entre outros).
71,5% do grupo PEA responderam que não pagarão todas as contas. O Nordeste é a região mais atingida: 71,4% dos ouvidos confirmaram calotes. Detalhes no nosso site.
Cenários
Você viu?
Gerentes de dois bancos estatais consultados pela Coluna semana passada afirmam que é alto o número de pedidos de empréstimos emergenciais e principalmente de repactuação das dívidas financiadas pelas instituições.
Embora muitos clientes não se enquadrem nos critérios dos bancos (seja por atraso em pagamentos, nome na dívida ativa da União, negativado no SPC ou no CCF, o sistema integrado bancário que confere se há cheques sem fundo emitidos. Até um simples atraso de pagamento de parcela bancária é motivo para os bancos restringirem o crédito.
Guedes e seu pacote
Na última terça (19), em reunião online com dirigentes do setor de comércio brasileiro, o ministro da Economia, Paulo Guedes, alertou que esta ainda é apenas a crise da saúde, e ainda virá a crise da economia. Guedes cravou, porém, que trabalha no Governo para lançar um pacote de geração de empregos e retomada das atividades.