Se depender do Congresso Nacional, a farra dos voos da FAB vai permanecer como está. Algumas propostas que previam regras mais rígidas para autoridades usarem os aviões foram arquivadas. Outra, do Senado, tramita há cinco anos e ainda espera votação na Comissão de Assuntos Econômicos.
O secretário executivo da Casa Civil, Vicente Santini, foi ejetado do cargo após usar avião da Força Aérea Brasileira para viajar à Índia. Santini viajou acompanhado de mais duas servidoras.
Autor do projeto (PLS 592/2015), o senador Lasier Martins (Podemos-RS) afirma que polêmicas como a protagonizada por Santini não ocorreriam se a lei estivesse em vigor: “Minha intenção é impedir excessos por parte de autoridades”.
Outras duas propostas que também pretendiam frear a farra dos voos, do ex-deputado Chico Alencar e do ex-senador Pedro Simon, foram arquivadas em 2015. À época do arquivamento, Alencar resumiu: “Não há vontade política para mudar as regras”. No ano passado, na véspera das festas de fim de ano, os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), embarcaram em aviões da FAB para suas residências. No dia 25 de dezembro, Maia saiu do Rio e voou para o aeroporto de Viracopos. O registro da FAB diz que o motivo da viagem foi “serviço”.