O pedido de prisão expedido pela Justiça brasileira contra o ex-presidente do Paraguai Horácio Cartes não tem precedentes na História do Cone Sul.
Mas o golpe maior da Polícia Federal no ex-todo poderoso não está ligado aos fatos policiais envolvendo o doleiro amigo Dario Messer. É um tiro certeiro na Tabesa, maior fabricante de cigarros do Paraguai, de propriedade de Cartes, e há muitos anos na mira da PF por supostos crimes de contrabando e pirataria para o Brasil, além de sonegação. O mandado mira Cartes, mas a PF e a Receita Federal comemoram o golpe no cartel da máfia do cigarro.
Autoridades da PF e da Receita na tríplice fronteira, passagem obrigatória da carga contrabandeada, acreditam que, sem o comando do capo, o esquema vai diminuir bem.