Esta história é mais uma da série “o amor próprio sempre vence o bullying”. Quando tinha 12 anos, a norte-americana Ash Soto percebeu que uma pequena pinta surgiu em seu pescoço. Nada com o que se preocupar, até que mais uma mancha aparecesse em sua pele, meses depois. Logo em seguida, a garota foi diagnosticada com vitiligo – uma doença que leva à perda gradativa da pigmentação corporal.
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As causas do distúrbio ainda não são conhecidas pelos médicos, mas sabe-se que ele ocorre após a degeneração das células formadoras de melanina, o pigmento que define a coloração da pele, dos olhos e dos cabelos de todos nós. Estima-se que o vitiligo
atinja cerca de 1% da população mundial. Segundo o Ministério da Saúde, perto de 3 milhões de brasileiros estão nessa lista.
“Eu não sabia como reagir depois do diagnóstico, não tinha ideia do que era aquela doença e do que aconteceria comigo”, disse Ash ao site “A+”. “Lembro de ver minha mãe chorando, e eu só conseguia ficar confusa e amedrontada. Não sabia o quanto a minha vida iria mudar a partir daquele momento.”
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Como quase sempre acontece em casos como esse, a jovem acabou sendo vítima de bullying na escola. Além disso, episódios do dia a dia também minaram sua autoconfiança durante a adolescência, como o dia em que uma criança pequena perguntou se ela havia tomado banho em alvejante.
Ash virou o jogo quando decidiu encarar sua imagem com naturalidade, colocando pequenos desafios diários a si mesma. Um dos primeiros, por exemplo, foi sair às ruas com uma camiseta de manga curta. Algo extremamente prosaico para quem não tem o distúrbio, mas um passo gigantesco para aqueles que lutam para aceitar a própria imagem.
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Hoje, aos 21 anos, Ash tornou-se uma estrela das redes sociais. Sua conta no Instagram
já soma mais de 100 mil seguidores, graças às fotos que ela produz de si mesma, vencendo o preconceito contra o vitiligo. Nas imagens, a garota transforma seu corpo em tela para pinturas corporais únicas. Confira algumas das suas melhores obras nas fotos desta página.