Bandeira do Irã
sina drakhshani/Unsplash
Bandeira do Irã

Todos acompanhamos, por certo num misto de tristeza e estupefação, as agressões entre Israel e Irã. Inicialmente, os judeus atacaram os iranianos por conta própria, bombardeando diversos alvos, em tese militares.

O Irã respondeu e, como se viu, não foi como os ataques de Hamas e Hezbolah, com mísseis de curto alcance, baixo poder destrutivo e lançados da caçamba de caminhonetes.

Esses mísseis eram destruídos em quase que 99% das vezes pelo famoso sistema de defesa israelense "Iron Dome".

Com o Irã foi diferente. Usando mísseis balísticos de longo alcance -- lembremos que Irã e Israel não são fronteiriços -- com um poder destrutivo muito maior.

Assim, o "domo de ferro" até consegue interceptar esses mísseis, mas sua destruição gera destroços grandes que, lançados sobre as construções, geram danos bem consideráveis.

Num terceiro ou quarto capítulo, entram em cena os EUA promovendo um bombardeio supostamente cirúrgico sobre alvos militares do Irã, de modo específico as instalações de enriquecimento de urânio e desenvolvimento de armamento atômico.

Ainda no campo das suposições, esse ataque norte-americano -- lançando mão da famosa "bomba anti-bunker -- teria sido bem sucedido.

A versão norte-americana, contudo, não foi acolhida de modo unânime e há quem diga não ter havido destruição de fato dos recursos atômicos iranianos.

Tomando por base e hipótese o acima posto, surge a questão: o Irã adotará uma postura de "dar o troco" (seja de que modo for) ou preferirá nada fazer, ao menos neste momento? Difícil saber.

O regime iraniano está sob forte questionamento popular. E, sendo um regime ditatorial, sabe bem que uma guerra aberta com um inimigo duplo, Israel-EUA, pode levar a grandes mudanças sociais, o que pode levar a queda do regime dos aiatolás.

Isso, contudo, não significa resposta nenhuma. O Irã pode adotar uma estratégia diferente, mais dissimulada, uma "guerra de guerrilha", incluindo ataques terroristas no mundo todo, especialmente na Europa. Vale a máxima antiga: "se não puder enfrentá-los, iluda-os".

*Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal iG

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