OAB SP
José Luis da Conceição/OAB SP
OAB SP

O presidente  Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a Lei 15.109/25, que isenta os
advogados de adiantar o pagamento de custas processuais em ações de
cobrança ou execução relativas a honorários advocatícios.

No estado de São Paulo, quando um credor pretende ingressar com um
procedimento nominado de “cumprimento de sentença” em face do seu
devedor, deverá recolher, no momento em que entrar com o procedimento, 2%
(dois por cento) sobre o valor do crédito a ser satisfeito a título de custas
judiciais.

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Trata-se de modificação realizada na lei de custas, Lei 11.608/2003, pela lei nº
17.785/23, que alterou os valores das custas judiciárias no Estado e acolheu
pretensão disposta no Projeto de Lei nº 752/21, apresentado pelo Tribunal de
Justiça de São Paulo.

O projeto em foco foi criticado desde sempre de modo especial pelos
advogados, os que mais contato têm com a questão das custas. O argumento
principal é o do abuso em se exigir do credor, já desgastado pelo
inadimplemento do seu devedor, o recolhimento de custas de modo antecipado
sem ter recebido nada desse mesmo devedor.

O Poder Judiciário, mesmo o paulista, considerado o maior e mais bem
aparelhado do país, tem um desempenho bastante longe do ideal, tanto em
termos de confiabilidade quanto em termos de performance, especialmente
celeridade.

Ainda em 2021, numa iniciativa conjunta de TV Conjur e APAMAGIS –
Associação Paulista dos Magistrados, foi produzida uma pesquisa nomeada de "JusBarômetro: A visão da sociedade sobre a Justiça" em que se buscava aferir o grau de confiança de população no Poder Judiciário e instituições a ele correlatas.

Enquanto OAB, Defensoria Pública e Ministério Público contavam com taxa de
aprovação/confiança da população em torno de 59-60%, o Poder Judiciário
Bandeirante ficou com 49% e, mais ainda, a taxa dos que não confiam na
atuação dos nossos juízes ficou em 41%, um índice bastante alto.

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Seja como for, por certo ante evidente pressão da OAB, a lei acima
mencionada, 15109/2025, apartou daqueles que ingressam com cumprimento
de sentença e execução, os advogados, ou seja, profissionais prestadores de
serviços advocatícios não remunerados por tais serviços e que precisam
buscar tal recebimento em juízo. Ainda que restrita aos advogados, a notícia é boa.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal iG

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