Antonio Minhoto

Eleições municipais e 2026: o futuro é logo ali – parte 1

O grupo político ou partido que mais amealhar vitórias municipais irá contar com uma ampla rede de apoio para a sua campanha de 2026

De acordo com o TSE, as 103 cidades que poderão ter segundo turno somam 60,5 milhões de eleitores
Foto: Agência Brasil
De acordo com o TSE, as 103 cidades que poderão ter segundo turno somam 60,5 milhões de eleitores


As  eleições municipais são cruciais para as eleições majoritárias regionais e nacionais (Governadores e Presidente da República) e isso por algumas razões, mas destacamos aqui ao menos duas: capilaridade e proximidade com o eleitor.

O grupo político ou partido que mais amealhar vitórias municipais irá contar com uma ampla rede de apoio para a sua campanha de 2026, seja para governador, seja para presidente, e, também, terá uma maior proximidade com o eleitor, que, no fim das contas vive mesmo é no município.

Este ano, teremos  eleições municipais e o quadro se desenha para termos, ao menos aproximadamente, a reprodução aproximada do atual Congresso Nacional nas principais cidades do país, ou seja, os prognósticos indicam uma vitória da direita em outubro próximo.

De fato, os partidos do chamado "centrão" e mesmo da direita lideram a corrida eleitoral para a prefeitura de 79 dos 103 municípios com segundo turno no país. O PL puxa a lista, ponteando 17 cidades, seguido pelo PSD (16), União Brasil (14), MDB (10) e Republicanos (9).

Os municípios com segundo turno são aqueles que possuem mais de 200 mil eleitores registrados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Nessas cidades, os eleitores poderão ir novamente às urnas no último domingo de outubro, dia 27, conforme o resultado das votações em primeiro turno.

O maior município que o PL pode governar é Fortaleza (CE), onde André Fernandes aparece à frente nas pesquisas, mas empatado tecnicamente com Evandro Leitão, do PT. No mais recente levantamento do Datafolha, divulgado na última quarta-feira (25), eles aparecem com 27% e 25%, respectivamente.

O MDB lidera em três dos dez municípios com maior população de eleitores, que são capitais de seus estados: São Paulo (SP), Porto Alegre (RS) e Belém (PA), com Ricardo Nunes, Sebastião Mello e Igor Normando, nessa ordem.


Em outro ponto do espectro político, o PT está em primeiro lugar em apenas seis das 103 cidades com segundo turno. São elas: Goiânia (GO), Contagem (MG), Juiz de Fora (MG), Diadema (SP), Anápolis (GO) e Camaçari (BA).

O maior município que seria governado pela esquerda, se a eleição fosse hoje, é Goiânia (GO), onde Adriana Accorsi (PT) aparece à frente nas pesquisas, empatada tecnicamente com o candidato do governador Ronaldo Caiado (União Brasil), o empresário Sandro Mabel (União Brasil). Os dois devem disputar o segundo turno na capital goiana.

Para além do PT, entre os partidos apontados como progressistas, apenas o PSB e o PDT aparecem na relação. O primeiro lidera a corrida eleitoral em Recife (PE), Ananindeua (PA) e São José do Rio Preto (SP). O segundo, apenas em Niterói (RJ).

De acordo com o TSE, as 103 cidades que poderão ter segundo turno somam 60,5 milhões de eleitores, o que equivale a 38,8% do eleitorado nacional. O Brasil tem 155,9 milhões de pessoas aptas a votar no pleito deste ano.

Para ler mais textos meus e de outros pesquisadores, acesse  www.institutoconviccao.com.br.