Enquanto o STF (Supremo Tribunal Federal) e parte da classe política tentam ligar Jair Bolsonaro (PL) e inúmeros crimes cometidos durante o antigo governo, o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) busca um caminho para destruir o rival politicamente. E não se trata de conchavos para prendê-lo ou deixá-lo inelegível e sim para diminuir sua popularidade.
Em conversas privadas, Lula tem dito a aliados que o Supremo até pode prender Bolsonaro ou o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) pode cassá-lo, mas o fim do bolsonarismo não acontecerá senão pelas vias políticas. O petista defendeu, segundo uma fonte ouvida pela coluna, que o único caminho é melhorar a vida da população no cotidiano para que "as loucuras" proferidas pelo ex-presidente sejam superadas.
Nas conversas, o presidente tem dito que Bolsonaro cresceu e se criou através do discurso de ódio e só há um meio de vencer esse tipo de afirmação: com resultados. Pesquisas internas do governo indicam que o ex-presidente tem perdido força a cada dia que uma nova conquista é anunciada e que as pessoas enxergam. "A queda dos produtos no mercado, o preço do gás diminuindo e a gasolina mais baixa é fundamental", argumentou um parlamentar que concorda com Lula.
Por isso, a ordem entre os ministros do governo é buscar cada dia mais anunciar soluções para os problemas do dia a dia. Lula aposta alto no anúncio do vice, Geraldo Alckmin (PSB), no programa que irá baratear os carros populares. Ele quer que o Brasil reviva o modelo de 2009, quando houve um boom na compra de automóveis no país porque trata-se de um item que é muito buscado pelos mais pobres.
A grande preocupação do presidente no momento é o desemprego. O resultado do primeiro trimestre não agradou, por isso ele já entrou em contato com seus ministros e busca uma alternativa para superar os dados no segundo semestre. "O Lula quer fechar 2023 com saldo grande de empregos gerados", avisou um assessor influenter. Esta seria a tacada final, na visão do petista, para derrotar o bolsonarismo.
Sem Bolsonaro, que na visão da classe política estará preso ou inelegível, e com a vida das pessoas no melhor momento, não haverá espaço para discurso de ódio. Ao menos é o que aposta Lula e sua equipe.
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