A expectativa da Polícia Federal (PF) é de que, ainda nos próximos dias, seja desvendado o mistério por trás da minuta de decreto que preparava um golpe de estado encontrada na casa de Anderson Torres. Com a prisão do ex-ministro de Jair Bolsonaro (PL) neste sábado (14) , a aposta é de que todos os envolvidos no caso serão revelados.
Uma fonte ouvida pela coluna confirmou que a PF vai propor a Torres a possibilidade de delação sobre os responsáveis pela tentativa de golpe. "A princípio não será delação premiada porque não há condenação. Mas espera-se cooperação porque ele diz que não fez o manuscrito do decreto e, portanto, não irá assumir a culpa sozinho". Em conversas de corredores fala-se que Anderson pretende colaborar com a Justiça e responder tudo o que for questionado.
Por outro lado, grupos bolsonaristas apostam que Anderson não vai expor peixes grandes do governo Bolsonaro . "Ele sempre foi um homem de grupo e com visão coletiva. Não imagino que ele vá sair entregando todo mundo sem provas", garante um deputado federal. Para ele, Torres vai dizer que recebeu o manuscrito, mas não sabe quem foi o responsável pela confecção e muito menos se o ex-presidente teve acesso aos autos.
Na PF, Torres irá depor para explicar principalmente a questão das invasões terroristas em Brasília . A Polícia Federal quer saber o motivo dele ter viajado para os EUA dias após assumir o cargo no Distrito Federal. Ele também será questionado se encontrou o ex-presidente durante a viagem e se houve conversas a respeito das invasões.
Ainda assim, a expectativa maior gira em torno das respostas a respeito do decreto golpista. "Ainda não se sabe de quem é a letra e o Torres pode responder isso", avalia um policial ouvido pela coluna.
Entre no canal do Último Segundo no Telegram e veja as principais notícias do dia no Brasil e no Mundo. Siga também o perfil geral do Portal iG .